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Santo André, excerto 31

LocationSanto André (Montalegre, Vila Real)
SubjectA religião e as superstições
Informant(s) Hortense
SurveyALEPG
Survey year1984
Interviewer(s)Manuela Barros Ferreira João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Text: -

[1]
INF Ai, isso agora aí não sei.
[2]
Diz que o que apagar a luz diante que é o que morre diante.
[3]
[pausa] Agora eles é que se descartam.
[4]
O que quiser Risos O que quiser morrer diante que a apague.
[5]
Eu, se fosse eu, não queria.
[6]
Havia de ficar a vela toda a noite acesa, ou a luz que ali estivesse toda a noite.
[7]
INF Até ao que dessem um choque na luz eléctrica lá fora e que apagassem lá.
[8]
INF Dão.
[9]
Ajudam, ajudam.
[10]
INF Não, não.
[11]
INF Aqui não é esse uso.
[12]
Cada um dá o que pode.
[13]
O pai da noiva dá,
[14]
a mãe da noiva dá.
[15]
É os dois a ajudar.
[16]
INF É combinado pelos pais.
[17]
Pois eles, coitados, vão para uma casa que não tem nada,
[18]
tem têm que ser ajudados pelos pais, os dois.
[19]
Um dá uma coisa,
[20]
outro dá outra,
[21]
outro dá [vocalização]…
[22]
Pronto, aqui não há…
[23]
Quase sempre é contrato de todos ajudarem dos dois lados.
[24]
INF Também.
[25]
Para a boda também.
[26]
São capazes de fazer a despesa pelos dois, repartida ao pai dela e do pai dele.

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