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Santo Espírito, excerto 17
Text: -
INF Um maricas, aqui tratam por maricas aqueles que são amigos de trabalhar na cozinha…
INF Conheci um rapaz no Nordeste, o Hugolino, à f- aquele vizinho de f- da Ismália.
[vocalização] Era um rapaz que estava na tropa há d- há dois anos.
mas era realmente bem então.
Ele Ele botava o pão à Ismália!
Quando a gente estivemos lá, que pão tão perfeito!
Que pão de trigo tão bem arranjado!
Fazia massa sovada, a mesma coisa que fosse uma mulher!
[vocalização] Ia para abater porcos, quando matam os porcos ali na na freguesia lá do Nordeste,
Mesmo fala muito amaricado, muito amaricado.
Ele ia às vezes lá à casa da da Ismália,
parava ali assim à porta.
Ele disse: "E a senhora Ismália tem um, um um copinho de lic- de licor que me dê"?
O pai dele é que é muito de bebedeira, então.
ele mora mais o pai e uns irmãos.
E ela lá lhe perguntava: "Quando é que vais cozer"?
Que ele é que cozia o pão!
depois tinha os seus dias de não trabalhar.
cozia o pão para os irmãos,
E [vocalização] ia então para a tropa,
[pausa] Mas o pai, ele disse: "O meu pai é muito bebedeiro!
Não vem às vezes também para casa"!…
[pausa] Mas é aquilo é que chamam maricas!
INF Mas ele é um bom rapazinho então!
INF Ainda costuram para a mulher, porque ajudam.
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