Representação em frases

Santa Justa, excerto 1

LocalidadeSanta Justa (Coruche, Santarém)
AssuntoAs alfaias agrícolas
Informante(s) Crispim Isaurindo

Texto: -


[1]
INF1 Foi como uma que morava ali no Couço
[2]
e depois
[3]
[vocalização] Morou uma data de anos.
[4]
E andou a trabalhar no campo ainda!
[5]
Tinha muitos irmões, muita gente.
[6]
[pausa] Depois, abalou de ,
[7]
foi servir para Lisboa.
[8]
[vocalização] Esteve uns poucos de anos.
[9]
Ao fim de uns poucos de anos veio ,
[10]
[pausa] diz e diz ela assim para o irmão para o irmão: "Ó mano, o que é isto que está aqui"?
[11]
INF2 "Que ferramenta Que ferramenta é"?
[12]
INF1 "Que ferramenta é aquela que está ali"?
[13]
INF2 Não sabia que ferramenta era.
[14]
INF1 Pois.
[15]
E diz, [pausa] e diz E diz o irmão assim: "Que diabo!
[16]
tanto pouco tempo que abalaste de ,
[17]
[pausa] e não sabes o que é aquilo"?
[18]
INF2 "E não sabes o que é isso"?
[19]
INF1 Ela vai,
[20]
co- pisa o cabo.
[21]
INF1 Pisa o cabo,
[22]
o ancinho uma volta,
[23]
bate-lhe aquilo na cara,
[24]
"Eh, ancinho dum cabrão que me bateu"!
[25]
INF2 "Então agora soubeste!
[26]
Agora"
[27]
INF1 "Ah, grande puta!
[28]
Agora sabes!
[29]
sabes, minha grande puta!
[30]
[vocalização] Até aqui não sabias,
[31]
mas agora sabes o nome.
[32]
é um ancinho"!

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