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Santa Justa, excerto 2
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INF E eu não devera de ter ido trab- apanhar tomate.
Mas pensei assim: "Os "Os ganhos são tão poucachinhos"!
Vai a gente assim, que é pouco…
A gente diz: "É poucachinho".
Mas é um é bom não os tirarem à gente, não é verdade?
Eu vou todos os meses a Lisboa ao médico, ao Hospital de Santa Maria.
INF Já lá vou há onze anos.
[vocalização] Ora, se a gente gasta dinheiro!
vou sempre com uma companhia.
[vocalização] Nem que a Caixa pague alguma coisa, mas o dinheiro que vem assim é o nosso.
O meu homem está no desemprego ainda não há um ano.
Ele faz um ano para o mês que vem.
Foi pa… Está desempregado.
ele agora não foi trabalhar porque – pronto! – porque na porque não quis, que ele está dentro do tempo da reforma.
Ele mete os papéis para a reforma.
E depois para onde ele ir já não lhe dá nem o papel do desemprego, compreende?
INF O tempo que falta para a reforma!
Eles depois já não lhe davam o papel de desemprego,
ele ficava aí sem ganhar mesmo nada, nada, nada, nada!
INF E então não quis ir ao menos estas três semanas ou quatro.
INF Antes quis se manter à mesma com o dinheiro do desemprego, como estava, que é mais tempo agora até ser reformado.
INF E eu comecei-lhe a dizer: "Olha, vamos aí apanhar um tomatinho à caixa".
Eu não devera de ter ido.
Mas fui, que eu não sou cá fingida,
não digo: "Ai, eu não fui", por causa dos gajos da Caixa que andaram aí e mult- tiram as reformas à gente.
Eles Se eles ma tirassem, deixa que o meu médico tentava logo para ma dar, porque eu não posso fazer mais nada, nada, nada, nada!
Uns calores muito grandes!
E a gente só íamos de manhã um bocadinho!
Mas os calores muito grandes!
Uma pessoa já anda cansada de trabalhar,
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