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Santa Justa, excerto 4

LocationSanta Justa (Coruche, Santarém)
SubjectO porco e a matança
Informant(s) Dalila
SurveyALEPG
Survey year1991
Interviewer(s)Ernestina Carrilho Maria Lobo
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMárcia Bolrinha
LemmatizationDiana Reis

Text: -

[1]
INF Fazemos linguiças.
[2]
[pausa] Chamam-lhe Alguns chamam-lhe chouriços.
[3]
A gente é linguiças.
[4]
Aqui é A gente aqui é linguiças.
[5]
INF E é as farinheiras – com as gorduras, [pausa] com as banhas, um bocadinho da banha,
[6]
pomos por exemplo, um bocadinho da banha branca, manteiga branca.
[7]
E E as morcelas.
[8]
Chamam-lhe eles aí para…
[9]
Daqui para baixo é o chouriço preto.
[10]
A gente aqui não é.
[11]
A gente aqui é as morcelas.
[12]
INF Pois, cada qual cada uma tem o seu feitio, não é?
[13]
INF A gente cá é assim.
[14]
É a morcela e é a fa- e é as farinheiras e é as linguiças.
[15]
INF Não.
[16]
INF Não.
[17]
INF Não.
[18]
INF É fininho.
[19]
É das tripas delgadinhas.
[20]
INF É as linguiças.
[21]
E o bucho e o palaio
[22]
INF e a bexiga, enchemos de arroz.
[23]
INF Com Miga-se um bocadinho da carne mais miuduchinha
[24]
[pausa] e põe-se um coisinho de arroz, e pimenta
[25]
e e enche-se aquilo.
[26]
Depois põe-se ao fumeiro,
[27]
depois cozemos aquilo inteiro – assim como está, inteirinho –
[28]
e comemos assim às talhadinhas.
[29]
Faz-se um caldo verde, ou um puré, ou uma cou- uma batatinha frita, uma saladinha
[30]
e come-se aquilo assim.
[31]
INF Uma refeição ou duas.
[32]
Conforme for as pessoas, não é?

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