Representação em frases

Santa Justa, excerto 10

LocalidadeSanta Justa (Coruche, Santarém)
AssuntoErvas, arbustos e flores
Informante(s) Daniela

Texto: -

[1]
INF É, é.
[2]
É fetos.
[3]
INF Olhe, antigamente sabe o que é que se enfeitava cá [pausa] com giestas?
[4]
No domingo de Páscoa, enfeitava-se as ruas com giestas.
[5]
A gente ia buscar ali abaixo…
[6]
INF No domingo de Páscoa.
[7]
Ia-se às giestas
[8]
e punha-se – mas isso já há muitos anos! –
[9]
e punha-se assim na rua a enfeitar a rua.
[10]
INF Hã?
[11]
INF No chão.
[12]
Pois.
[13]
INF Pois.
[14]
Cada qual ia buscar pa-.
[15]
INF Não.
[16]
Era hábito das pessoas irmos às giestas.
[17]
Quando eu era nova, íamos às giestas
[18]
e depois punha-se assim à direcção das nossas portas no domingo de Páscoa.
[19]
INF À sua porta.
[20]
[pausa] Pois.
[21]
Mas isso, perdeu-se isso.
[22]
INF Não.
[23]
Mas conheço-as bem, que há ali muitas ali em baixo.
[24]
INF E uma que era pior- piorneiras que chamava-se.
[25]
INF Para fazer um nó com a mão esquerda [pausa] para ver se a gente era capaz.
[26]
Havia Dantes havia além muitas, mas agora já não há!
[27]
INF É parecido com a giesta.
[28]
INF Tem Não!
[29]
Aquela era só assim uma coisa, assim mesmo na haste,
[30]
uma…
[31]
Parecia mesmo a giesta, mas chamava-se piorneiras.
[32]
E a gente com a mão esquerda às vezes era capaz;
[33]
às vezes fazia um nó, assim com a mão esquerda.
[34]
INF Pois.
[35]
INF Havia tantos ali!
[36]
Bem, mas isso agora já não há nada aqui.
[37]
Há por aí, ele mais longe em mais lados, não é?
[38]
Isso também aí houve há.
[39]
E havia ali uma à entrada logo da aldeia,
[40]
e a gente gostava –
[41]
quando era nova – gostava muito de experimentar com a mão a ver se éramos capazes de fazer o nó.

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