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Santa Justa, excerto 25

LocalidadeSanta Justa (Coruche, Santarém)
AssuntoA rega
Informante(s) Cristóvão Denise

Text: -


[1]
INF1 Por isso existe.
[2]
Chama-lhe a gente também uma esquadra não é? ,
[3]
o caso que se disse bocado: sendo uma esquadra é como daqui a além;
[4]
depois além está outra regadeira,
[5]
depois leva, enfim
[6]
INF1 [vocalização] Quando estiver regada.
[7]
INF1 Por exemplo, a rega tem muito tem muitas coisas.
[8]
Por exemplo, temos o tomate ou o pimentão.
[9]
A gente vai como daqui
[10]
até pode ir como daqui à aldeia.
[11]
[pausa] Pois Para ser bom
[12]
INF2 A regar com a esquadra.
[13]
INF1 Com a esquadra.
[14]
INF2 Rega com a esquadra.
[15]
INF1 Mas não não rega tudo a eito.
[16]
INF2 Deixa-se rego sim
[17]
Rega-se rego sim, rego não.
[18]
INF1 Pois.
[19]
INF2 Tapa-se os biquetes.
[20]
Chama-se-lhe os bique-.
[21]
INF1 Com a enxada.
[22]
INF2 Com a enxada.
[23]
INF2 Com terra.
[24]
INF2 É o biquete.
[25]
INF1 Chama-se Chama-se a terra para tapar o biquete.
[26]
INF2 Chama-se A gente chama aqui na nossa área é um biquete.
[27]
INF1 Pois.
[28]
INF2 Por exemplo, tem aqui agora.
[29]
Solta-a por aqui para ir por este rego.
[30]
Tapa-se aqui
[31]
e ela corre por este rego.
[32]
Depois para mudarmos, corta-se aqui outro biquetezinho aqui mais aqui.
[33]
INF1 Por exemplo, deixa ver se elas compreendem.
[34]
Por exemplo:
[35]
é assim uma esquadra.
[36]
INF1 Por exemplo, aqui existem dez regos.
[37]
E a gente, para dar menos trabalho que isto tem de haver malícia no trabalho [pausa] rega-se cinco.
[38]
INF1 Porque esses cinco estão abertos.
[39]
A gente abre cinco [pausa] estão a compreender?
[40]
Estão dez
[41]
INF2 Rega-se esses cinco
[42]
e depois à volta para cima, rega
[43]
INF1 Volta para cima,
[44]
depois [pausa] vai-se para baixo, [vocalização] à outra rega,
[45]
[pausa] está outros cinco destapados.
[46]
INF2 Vão-os tapando
[47]
menos .
[48]
INF1 tapa se Tapa aqueles
[49]
e os outros estão tapados.
[50]
INF2 Não é por malícia,
[51]
é que a gente depois íamos aqui
[52]
INF2 Íamos aqui com a esquadra toda para baixo,
[53]
depois chegávamos abaixo
[54]
e metíamos a água para aonde?
[55]
INF1 E então a água, a água punha-se para onde?
[56]
INF1 Tem de haver malícia!
[57]
INF2 E assim, agora leva-se um rego.
[58]
[vocalização] Ele rega-se, por exemplo:
[59]
são dez regos,
[60]
rega-se cinco para um lado
[61]
e vem-se para cima a regar os outros cinco.
[62]
INF1 Pois.
[63]
INF1 E outra rega no milho, às vezes.
[64]
Esse, agora, [pausa] mais cabilice.
[65]
, por exemplo, uma regadeira grande
[66]
a gente [vocalização], os trabalhadores têm de ter malícia!
[67]
E ele toda a gente quer
[68]
Às vezes se rega cinco e
[69]
Depende da terra:
[70]
se for terra direita, solta-se para cinco ou seis,
[71]
[pausa] existe um cortador em cinco ou seis regos.
[72]
INF2 Solta-se para mais regos.
[73]
INF1 Depois, por outros cinco
[74]
INF2 Mas do tomate não pode ser assim.
[75]
INF1 Não.
[76]
INF2 O tomate é cada [vocalização]
[77]
INF1 O tomate, cada rego tem de levar um
[78]
INF2 Cada rego tem de ser um biquete aberto.
[79]
INF1 Tem de ser.
[80]
O tomate é muito odioso!
[81]
O tomate

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