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Santa Justa, excerto 28
Text: -
INF2 O que é que cada um cada seu crivo tinha lá a sua medida.
Mesmo [vocalização] os rapazes que faziam isso já sabiam que era um crivo para isto.
Ou mais miúdo, ou mais largo –
INF2 [vocalização] Isso já a gente lhe chamava…
[pausa] Era uma espécie duma ciranda.
INF1 Crivo para duas pessoas?
INF1 No arroz e no trigo não havia esses crivos.
INF2 Não, esse é nos pinhões.
INF1 É no pinhão é que há.
INF1 É uma cira- uma ciranda.
INF1 Chama-se mesmo uma ciranda.
Cada um pega no seu coiso.
E é uma rede dessas dos coelhos, uma rede pequenina,
INF1 Uma rede esticadinha para cair só o pinhão e ficar as pedras dentro da rede.
INF2 Isso é bom é com duas pessoas.
INF2 Chama-se uma ciranda.
INF2 Depois aquilo joeira-se ali um bocadinho,
ainda bem não caía um [vocalização],
depois põe-se a casca fora.
INF2 Há sítios que também se chama uma joeira a um crivo.
INF2 Mas há sítios que chamam uma joeira.
INF1 Há aí sítios que é a joeira, é.
INF1 Eu já tenho ouvido também esse nome.
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