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Santa Justa, excerto 36

LocationSanta Justa (Coruche, Santarém)
SubjectO oleiro
Informant(s) Dagoberto
SurveyALEPG
Survey year1991
Interviewer(s)Ernestina Carrilho
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMárcia Bolrinha
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Depois quando era para para fabricar, ainda nós tínhamos uma bancada, assim do tipo deste balcão, assim talvez até mais comprida, assim um bocadinho mais larga.
[2]
INF Nós depois ainda tínhamos que passar aquilo tudo tudo à mão.
[3]
A gente passava ainda aquilo tudo assim à mão e assim com os dedos para [vocalização] .
[4]
Que depois o barro, naquelas transformações, naquelas passagens de tanque para tanque e essa coisa [vocalização], sempre recebe umas bolhas de ar aqui ou ali.
[5]
E isso é outra coisa que nos prejudicava.
[6]
Se nós estivéssemos a fabricar uma peça daquelas, que aparecesse uma bolha de ar, podia até cair a peça toda.
[7]
Tinha que ser todo passado.
[8]
Isto é [vocalização] é uma arte que requer [vocalização] mil e um cuidado e m- e muita mão de obra.
[9]
Muito trabalho!
[10]
E então se se houver uma bolha de água, a gente vai a puxar uma bolha de ar.
[11]
A gente vai a puxar [vocalização] a peça,
[12]
se aparecer aquele ar, pode a peça até rebentar e cair.
[13]
[pausa] Depois então é que era
[14]
Depois de estar com os devidos con- cuidados é que era depois fabricado.

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