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Santa Justa, excerto 47

LocalidadeSanta Justa (Coruche, Santarém)
AssuntoO moinho, a farinha e a panificação
Informante(s) Deolinda

Text: -


[1]
INF Quer dizer que depois a gente fazia o fermento,
[2]
[pausa] e no outro dia am- levantávamos-se,
[3]
amassávamos
[4]
e depois estava muito tempo para fintar, porque demorava muito tempo, que era com o fermentozinho que a gente fazia
[5]
o fermento, não havia fermento inglês.
[6]
Estava muito tempo.
[7]
Depois aquilo crescia até a gente lhe parecer [vocalização].
[8]
A gente pomos uns p- pomos o pano em cima de da massa,
[9]
e pomos uns poucos de farelos, do que a gente tirava
[10]
[pausa] Peneirávamos
[11]
e o que a gente tirava depois púnhamos um pouco de uns poucos de farelos em de cima do pano.
[12]
Depois as nossas mães e isso diziam que era quando estivesse aquilo arregoado,
[13]
ali os farelos depois começavam a arregoar, que era quando estava finto.
[14]
E a gente era assim [pausa] que a gente tratava da da cozedura.
[15]
Depois tendíamos, [vocalização] quando a gente via que estava finto,
[16]
arranjávamos ali o tabuleiro [pausa] de madeira que eu ainda tenho também ,
[17]
[vocalização] punha-se o panal
[18]
e p- e começávamos a tender
[19]
e tendíamos o pão.
[20]
Depois [vocalização], no fim de estar [vocalização] o forno quente e tudo, plantamo-lo no forno.
[21]
[pausa] Pois, varria-se o forno
[22]
e punha-se.

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