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Couço, excerto 59
Text: -
INF [vocalização] As se-, ia ia um carro de mão, um carrinho com a massa,
e depois punham as seiras,
e era escaldado com água – com água a ferver –
Depois ia para a prensa apertar,
estava duas horas ali a espremer.
Eles apertavam com uma roda,
com uma roda e com e essa roda tinha um cabo em ferro onde eles se agarravam.
Mas o meu avô apertava sozinho.
Ele sozinho apertava apertava a prensa.
Aqui no Couço, também houve um lagar desses.
Também havia um lagar desses.
INF Isto, as seiras chamam-se os capachos.
INF As seiras, no fim de espremer, tiravam-lhe o dos capachos o bagaço.
[pausa] O que estava dentro é os bagaços.
INF Tinha um tampão em ferro.
Esse tampão é que apertava,
ia a apertar até ao limite.
Tinha uma graduação para para apertarem até chegar a essa graduação.
Depois é que eles vão purificar.
Tem as m-, as as meduras as, as, as.
Chama-se aquelas latas onde vai o azeite é as meduras.
E dessas latas, das meduras, vai purificando,
tem [vocalização] um cano para purificar.
E tem O homem que trabalha – que é o mestre do lagar – é que sabe:
O azeite vem ao de cima e a água vem para baixo.
Tem uma torneira para tirar.
E quando eles querem fazer o roubo para o inferno, estão ali na cara,
Dão um pontapé na torneira,
deixam correr até eles lhe parecer.
Depois dão-lhe outro pontapé.
fui mais o meu pai ao lagar.
o meu avô foi quarenta e nove anos mestre de lagar.
O meu pai nunca quis ser mestre.
Porque ser mestre dum lagar, é preciso ter um feitio!
Os Os fregueses chamam ladrão,
e eles, o que é eles têm de ter um feitio especial para não discutir com os clientes.
[pausa] É essas coisas todas.
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