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Couço, excerto 60

LocationCouço (Coruche, Santarém)
SubjectA oliveira, a azeitona e o azeite
Informant(s) Danilo
SurveyALEPG
Survey year1991
Interviewer(s)Ernestina Carrilho
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMárcia Bolrinha
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Isso é o azeite cru.
[2]
INF Tiram eles quando [vocalização]
[3]
INF Antes.
[4]
Tiram eles é o azeite cru antes de sair da água a ferver.
[5]
É o azeite cru.
[6]
Chama-se o azeite cru.
[7]
Para fazer um unguento
[8]
eu e depois lhe ensino.
[9]
Um farmacêutico em Montargil chamado Dario
[10]
O meu pai levou uma picada duma balsa
[11]
e andava no médico a levar [vocalização]
[12]
era não sei quê de prata para queimar.
[13]
E o farmacêutico olha para o meu pai
[14]
e disse: "Ó rapaz, então andas um ano no médico
[15]
e ele não há-de te curar.
[16]
Vai ao teu pai [pausa] que te um pouco de azeite cru, que eu faço-te um unguento que sara todas as feridas".
[17]
O meu pai apanhou-o.
[18]
Era muito inteligente:
[19]
aprendeu a ler e a escrever sem professor, com explicações doutros, e tudo!
[20]
Em matemática, era um matemático terrível!
[21]
Eu tenho um sobrinho que é que tem três cursos superiores.
[22]
É professor de matemática na Faculdade de Ciências.
[23]
E então pôs a metade de cânfora e a metade de alvaiade de chumbo,
[24]
e era batido com azeite cru.
[25]
[vocalização] Foi para uma rapariga, para o monte, empregada,
[26]
tinha uma ferida numa perna que cheirava mal dessa perna.

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