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Couço, excerto 61

LocalidadeCouço (Coruche, Santarém)
AssuntoAs alfaias agrícolas
Informante(s) Danilo

Text: -


[1]
INF Em Em Montargil, no amanso de Montargil, compravam-se os bezerrinhos na feira da Ponte
[2]
de Sor e depois punham-se com uma canga,
[3]
e andavam atrás dos carros.
[4]
Quando iam trabalhar, sabiam voltar,
[5]
sabiam várias coisas.
[6]
Ensinavam-lhe.
[7]
INF Aqui é que era.
[8]
Aqui é que era.
[9]
Os garraios tinham dois, três anos dois anos
[10]
Com dois dois anos e meio, três é que metiam a amansar.
[11]
INF Os garraios.
[12]
Ia um garraio que era mais manso e um boi manso a trabalhar como um garraio à parelha dele.
[13]
Ia o Ia um boi manso para o segurar e
[14]
um boi ensinado a trabalhar, para ensinar o outro garraio.
[15]
Depois quando trabalhava aquele que viam que estava manso, metiam um outro mais aquele.
[16]
Depois, ao fim daí dum mês de trabalharem assim, a quatro ou a seis, iam então, é que se juntavam os dois a trabalhar com uma corda cada um, e a lavrar nesses chaparros.
[17]
Havia homens especialistas.
[18]
Havia grandes homens com grande ciência e com grande arte para trabalhar com esses bois.
[19]
E eram escolhidos.
[20]
Havia muito homem, muito artista, na região.
[21]
Havia aqui grandes esgalhadores,
[22]
esgalhavam os chaparros,
[23]
[vocalização] faziam uns golpes como devia de ser.
[24]
Esgalhavam,
[25]
agricultavam,
[26]
adubavam-se os chaparros, que os chaparros não se secavam.

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