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Couço, excerto 63

LocationCouço (Coruche, Santarém)
SubjectNão aplicável
Informant(s) Danilo
SurveyALEPG
Survey year1991
Interviewer(s)Ernestina Carrilho
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMárcia Bolrinha
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Então a doutora Diana esteve a elucidar a vocês quem eu era.
[2]
INF Eu sou cliente dela.
[3]
INF Ela, ela é uma a- Ela como médica é uma artista.
[4]
INF É artista.
[5]
Tenho uma irmã que tem andado
[6]
gastei com ela quase três mil contos.
[7]
[pausa] E todas as mulheres Aquela doença tinha cura.
[8]
A cura daquela doença é uma sangria.
[9]
Todas as mulheres [pausa] estão sujeitas àquela coisa.
[10]
Tem dois vasos, que são os maus, que abrem.
[11]
E quando esses vasos que mau, que abrem que são os maus que a ciência não sabe
[12]
[pausa] Fulana pode-se molhar ou pode ter uma coisa qualquer,
[13]
o sangue sobe à tola,
[14]
sobe à cabeça.
[15]
Havia ali um médico chamado David que curou algumas [pausa] uma quantidade impressionante de mulheres.
[16]
Levei a minha irmã
[17]
e diz ele: "Se quando ela adoeceu, se vêm , abria-lhe uma sangria"
[18]
Era uma mulher valente!
[19]
Era uma mulher que punha cem litros de trigo às costas, ao ombro, sem tocar nos peitos.
[20]
Levantava a pulso.
[21]
[pausa] Podia melhor do que eu e que outros que andavam na eira.
[22]
Experimentou,
[23]
agarrou no saco
[24]
e tudo ficou admirado a olhar para ela.
[25]
E quando era o gado, que era bravo que a gente tinha, vestia umas calças e uma blusa
[26]
e ia ajudar.
[27]
Agarrava ali
[28]
e onde ela agarrava segurava.

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