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Couço, excerto 69

LocalidadeCouço (Coruche, Santarém)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Danilo

Text: -


[1]
INF Havia homens que também negociavam em fazendas.
[2]
Isso é O negócio das fazendas é um negócio escuro.
[3]
Eu até andei também a
[4]
Arruinei-me no ofício,
[5]
também andei um ano a ser paneiro.
[6]
Enganei um padre no Vimieiro com, com com um fato de cotim, com um cotim preto que tinha muito lustro
[7]
de volta para o sol, dava lustro.
[8]
Enganei o padre.
[9]
Vendi-lhe três metros de cotim por setenta e cinco escudos em 1924 e 26.
[10]
Ele foi em 26.
[11]
[vocalização] Tinha eu treze anos.
[12]
Enganei o padre.
[13]
Depois fui mais tarde,
[14]
diz assim o padre: "Malandro, é tão pequeno
[15]
e tens "!
[16]
"E então o senhor, então não era bonito,
[17]
então era uma"
[18]
"Então hoje trazes boa fazenda"?
[19]
"Trago aqui Santa Clara".
[20]
"Então quanto é que queres por um fato de Santa Clara fino cinzento"?
[21]
"Este posso-lhe vender por quatrocentos e cinquenta escudos".
[22]
"Agora não me enganes, "?!
[23]
"Não engano nada"!
[24]
Oh, cinzento, Santa Clara!
[25]
Era o melhor Era a melhor fazenda
[26]
É o melhor fabricante que se fabrica em Portugal.
[27]
É melhor que o inglês, melhor que tudo.
[28]
em Portugal, de tudo.
[29]
E tudo muito melhor que os outros países.
[30]
Isto é um país rico.
[31]
Está é mal administrado.
[32]
Isto é um país
[33]
Nós, Portugal, não precisamos nada.
[34]
de tudo.
[35]
[pausa] petróleo,
[36]
carvão,
[37]
[38]
de tudo , de tudo no nosso país,
[39]
o que é que está debaixo da alçada dos americanos
[40]
e e os americanos não lhe convém que se desenvolva isto.

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