Representação em frases
Fontinhas, excerto 1
Texto: -
INF A festa do Espírito Santo passa [vocalização] [pausa] …
Como é que eu hei-de dizer?
Ele primeiro do que tudo é tirar o pelouro.
A pessoa faz uma promessa
e depois tira o pelouro, ou tira o sorteio, no dia [pausa] do bodo,
e depois de tirar o pelouro, ou seja o sorteio, vai para a sua casa
e trata de arranjar bezerros.
[pausa] De forma que o homem vai para a sua casa
e trata de arranjar bezerros,
compra dois bezerros, três bezerros;
há pessoas que oferecem um bezerro também dado – que eu também ofereço um todos os anos – percebeu? –;
[vocalização] e há os benfeitores que vão engordar aqueles bezerros um ano inteiro.
Quando é ali quinze dias perto de ele dar a sua função, ele vai convidar os seus amigos e parentes – quem quer e entende – para a sua casa, para durante aquela semana irem para lá rezar o terço e mais ele todos os dias à noite, [vocalização] amassar o pão do Senhor Espírito Santo – não é? –;
e [vocalização] na quinta-feira há a folia dos bezerros;
na sexta-feira há a matança dos bezerros, que eu vou matar os bezerros
e vão pessoas ajudar-me a matar os bezerros – não é? –, [pausa] cozer o sangue;
no na sexta-feira, ou seja, no sábado, faz-se [vocalização] a distribuição da carne [pausa] com os convidados e por os pobres – não é? –;
e fazem a distribuição da carne;
tem que se salgar a carne que é para a sopa de domingo,
têm que fazer alcatras para aquele pessoal no domingo
e [vocalização] também há umas rodas de carne que são feitas para trazer aqui para o teatro para distribuir no domingo pelas pessoas que vêm aqui, no dia do bodo;
e lá faz-se então o jantar em casa do imperador que dá a função – pode ser para duzentas pessoas, pode ser para trezentas, pode ser para quatrocentas – não é? –,
tanto seja que seja as pessoas que ele convida,
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