Representação em frases
Biscoitos, excerto 23
Texto: -
INF A gente aqui costuma fazer a vindima:
estamos a a apanhar as uvas,
ele os bagos que estão verdes, a gente tira
INF Os Os verdes vão para fora e o maduro para o cesto de asa, que [vocalização] a gente vindima com uns cestos que têm uma asa, que a gente anda todo o dia com aquele cesto,
quando aquele está cheio, despeja-se.
INF Para dentro de um outro cesto de duas asas.
INF Desse cesto, a gente, então, ou acartamos [vocalização] às costas para a adega,
ou acartamos num balseiro, como a gente tratam – que a gente tratava aqui um balseiro.
Já hoje já to- já toda a gente acarta só em cestos,
Levavam balseiros uns grandes, que levavam vinte [vocalização] e dez e [vocalização]…
INF Era, sim senhor, sim senhor.
Redondo, largo, que a gente despejavam o cesto.
INF Mais estreito em baixo e mais largo em cima.
INF Levavam em carros de bois,
Naquele tempo usava-se muito.
INF [vocalização] Fazer o rabusco.
INF Isso é que era rir, irem fazer o rabusco, que eles dizem que era o rabusco.
INF Pois, voltavam atrás porque ele pagava para isso.
Chegou-se a fazer duas e três pipas de vinho.
Há anos que eu tenho enchido…
Ah senhor, ele teve aqui cerrados, aqui n- aqui nesta lomba, que uma quarta de chão dá mais duas – o tio Elmano vai dizer que é três –, três pipas de vinho, uma quarta de chão.
Aquilo para encher um cesto de duas asas, para encher um cesto de duas asas era nu- numa vara.
ainda era acolá em baixo, num cerrado que era do meu pai, naquele cerrado de baixo,
era uma haste [pausa] que estava ali.
Um ce- A gente nem sequer usava o ce- os cestos de vindima – como a gente dizem o mais pequenino –
a gente nem sequer usava o cesto de vindima.
[pausa] Aquilo era um instante para encher um cesto!
Mas também aqui para baixo um homem passa um alqueire de chão [pausa] para encher, às vezes, um cesto, porque não tem vinha,
também já não tem vinha, que isto aqui para baixo está tudo despachado.
Eu cá das vinhas que eu trabalho hoje…
mas das vinhas que eu trabalho hoje, aquilo é tudo para mim
[pausa] e não ganho nada.
[pausa] A gente passa um alqueire de chão para dar para dar o barril de vinho
e há-de ter algum de menos!
Aqui para baixo está tudo despachado.
É onde fazia o vinho melhor.
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