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São Brás, excerto 25
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INF Os alambiques antigos, o, o o lume, o lume…
Os alambiques antigos, [vocalização] que ainda hoje há, e lá fora também ainda usam alguns,
o vinho, por exemplo, andava debaixo das borras .
E era ali o ca- o que chamavam o capacete,
havia um tubo [pausa] que saía, um tanque de água onde havia uma serpentina para, para, para para a condensação do [vocalização] vapor da aguardente,
INF Mas esse alambique esse alambique tinha que ser queimado e restilado ou destilado como lhe chamavam.
Este automaticamente a aguardente sai pronta.
Automaticamente sai pronta.
Visto que a primeira coisa é dois arrefecimentos
e é o vapor de água que vai aquecer é que vai aquecer a borra, ou o vinho que está…
Enquanto que no vinho ou borra, eu não posso pôr aqui mais do que um terço de [vocalização] de capacidade, até esta curva.
De bagaço, [pausa] posso enchê-lo.
Porque o vinho ou a borra aumenta de volume;
às tantas, saía lá de fora a [vocalização] borra ou o vinho.
o [vocalização] vapor da água que vai por aqui – não é? –, [vocalização] entra assim aqui;
esta torneira é que regula o vapor ao fundo, ao fundo aqui da caixa;
[pausa] há um cano que leva o vapor ao tubo – o va- o vapor ao tubo –, de maneira que [pausa] quando quando chega à temperatura, que é uma alta temperatura, começa a evaporar como o álcool – não é? –, sobe ali;
sobe naquela, na para aquela lentilha,
ali há um pequeno arrefecimento,
e vai sair ali a aguardente.
Ali, ali é que não é serpentina mas sim tubagem.
Tem ali vinte e cinco tubos,
e como estão vinte ci- vinte cinco pingos constantemente a pingar, fazem uma bica de aguardente.
INF Porque é como lhe digo:
ele aqui entra a água fria…
está a entrar aqui água fria,
e automaticamente está sempre quente [pausa] daqui para cima.
É porque há a condensação
INF É um alambique que eu fui comprar ao Porto, em em 1963, à Rua dos Caldeireiros.
Havia aqui na altura dois alambiques antigos
mas acabaram por por fechar porque estas máquinas dão mais…
E não há tanto tanto desperdício.
Não há tanto desperdício.
Quer dizer, é para mais aproveitamento das aguardentes.
INF O resto é um, [vocalização] é um, é nem para estrume serve.
É um estrume muito pobre, muito fraco!
É um estrume até que tem muita acidez,
não é próprio para para deitar nas terras, até que pode pode prejudicá-las visto ter muita acidez.
há uma coisa que se dá muito bem com com aquele estrume,
Será porque a cebola é também uma coisa ácida e, e, e, e, e, e?
INF É curioso, porque a gente deita na terra aquele o [vocalização] bagaço,
plantamos as cebolas, ou o cebolinho,
e [vocalização] a cebola gosta muito daquilo.
INF Cientificamente, não sei dizer.
De resto, há muitas plantas que não gostam mesmo.
Até que [vocalização] Até que prejudica as plantas.
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