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Unhais da Serra, excerto 6
Text: -
INF1 Pois nós, na nossa casa, nós tínhamos…
O meu pai que Deus tem levava as cabras para muito longe, para a serra.
Para se acartar o leite era tudo às costas.
Nós tínhamos um cantarão muito maior que aquele.
E então, o meu irmão falecido, ele ajudava-me àquele cântaro de leite,
e e nós, onde passava, transitava assim mais pouca gente,
mas quando chegava ali – chamavam-lhe – aos Pesos da Presa, aí então já estava sempre gente a passar.
Eu, durante aquele caminho para cima, ele não passava ali ninguém,
eu não me desajudava, porque, se me desajudasse, já me não ajudava.
Às vezes vinha à rasca, à rasca com aquele cântaro [vocalização] cheio de leite!
Quando chegava então ali àqueles Pesos, já então pousava porque já estava sempre gente a passar, já me ajudavam.
INF1 Que aquele cântaro era muito grande!
Os homens viam-se à rasca para lhe dar levanto.
[vocalização] E eu, pronto, também o trazia
mas aquilo era carga de mais para mim.
INF1 Mas pronto, lá vinha com ele, à rasca, à rasca.
Quando então ali chegava àqueles Pesos, pousava,
lá estava um pouco a descansar.
Depois logo passava gente para me ajudar,
INF2 Assim como aqui, lá de cima…
INF1 Agora já, pronto, já há burros,
já há [vocalização] cavalos,
já há, prontos, já há estes animais.
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