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Unhais da Serra, excerto 27
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INF1 E depois, em estando em estando seco, conforme o tempo que fosse…
Aí oito dias ou [vocalização] ou quatro, ou seis, conforme…
Às vezes dava-se o caso até de virar o tempo, com com a travessia – que a gente aqui chama a travessia –, que dá muita humidade.
INF1 A travessia é quando se põe lá em cima na serra [vocalização], a deitar névoa, água miúda.
INF2 Começa a andar muita névoa.
INF1 A gente, às vezes Travessia.
INF1 Então a gente vê-a daqui!
INF1 Tapa além a serra toda.
INF1 E há outra névoa que está além pousada para o lado da Covilhã, que a gente chama o aguião.
Quando o aguião lá está a fazer vento juntamente com a travessia, [vocalização] os telhados aqui há muitos que vão à vida.
As telhas vão [vocalização] [pausa] vão por aí afora.
INF1 É uma névoa a deitar humidade.
INF1 Uma névoa a deitar humidade.
INF1 O aguião, esse não bota água.
Esse é [vocalização] mais seco.
INF1 Isso é mais ciclone.
INF1 Também é vento forte.
INF1 Sim, do lado da Espanha, aqui aqui ao lado do norte.
INF1 O norte é assim aqui, assim mais aqui ao lado, para a direita do norte.
Quando o ven- Quando o aguião lá está naquela serra além e a travessia ali, os gajos batem forte.
Mas o aguião é mais forte que a travessia.
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