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Unhais da Serra, excerto 47

LocationUnhais da Serra (Covilhã, Castelo Branco)
SubjectO linho, a lã e o tear
Informant(s) Duartina
SurveyALEPG
Survey year1997
Interviewer(s)Gabriela Vitorino João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Text: -

[1]
INF Primeiro cava-se a terra
[2]
e semeia-se;
[3]
[pausa] e depois é mondado;
[4]
e depois é [pausa] arrancado;
[5]
ripa-se naquele naquele coisinho…
[6]
INF É um ripeiro.
[7]
INF Pois.
[8]
Ripa-se num ripeiro, que é uma tábua com uns ferrinhos por cima.
[9]
E depois em põe-se aos molhos,
[10]
mete-se na água, nove noites.
[11]
Depois é seco ao sol.E depois
[12]
INF Nove Pronto, até secar.
[13]
Na água são nove noites
[14]
e para secar é até secar.
[15]
E ao fim é então maçado com umas maças de pau;
[16]
depois é [pausa] espadanado numa tasca;
[17]
e depois é sedado num…
[18]
E depois é A tasca é uma uma tábua de medronheiro
[19]
e tem assim um rego
[20]
e põem-lhe como que é uma fa- uma lança, assim uma tábua a bater.
[21]
INF E depois é então es- espadanado num cortiço –
[22]
depois a gente segura-o assim num cortiço
[23]
e bate com umas espadana –;
[24]
e depois então é que é sedado num sedeiro;
[25]
e depois é fiado.
[26]
Fazem-se tri– meadas e…
[27]
INF É lavado,
[28]
é corado.
[29]
Leva muita volta.

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