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Vila Praia de Âncora, excerto 17
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INF1 Ainda ontem houve ouvi na televisão [pausa] uma reportagem sobre, so- sobre os arrastões, dum barco que foi preso.
e o mestre – o mestre que era o patrão também – é quem estava a falar.
e ele disse, também, que usavam…
Não disse sacos – mas usam, a gente sabe que usam – [vocalização] mas falou nas forras.
INF1 Fecha Fecha à mesma o saco
[pausa] e o peixe não passa.
INF2 Aquilo [vocalização] as forras, compreende …
E depois leva [pausa] uma parede aqui, outra aqui,
quer dizer, a parede vai emendando uma na outra.
INF2 Quer dizer ali não passa nada.
INF2 Quer dizer, a malha de dentro é grande, não é?
Mas a senhora a senhora, por exemplo, faz assim a uma mão,
aqui pode haver um buraco,
mas se põe assim esta mão, assim mas se puser outra assim, quer dizer, fica [pausa] mais pequeno.
INF2 Quer dizer, a forra na parte de fora, compreende, é que é que vai fechar o a malha na na parte de dentro.
INF2 Porque a parte de dentro, seja a malha grande, mas a parte de fora, a forra, se for [pausa] pequena, uma vai tapar a outra, automaticamente fica o saco fica o saco fechado.
INF1 Mas o mais mau ainda não é por aí ainda não é por aí.
O que é mais mau é [vocalização] o sobressaco.
O sobressaco é que é pior.
Porque com as forras é só por a pola parte de baixo.
E o peixe, por a pola parte de baixo [pausa] não foge tã- tão fácil, não é.
Por a Pola parte de cima é que foge mais.
E então é quando eles metem o sobressaco, que é uma malha mais pequena.
INF1 Vai dentro, dentro do grande.
INF1 Claro, assim não passa nada.
Eles fazem, que eu também já fiz.
Cá a trabalhar no com os portugueses não, mas já fiz.
[vocalização] E estes todos também.
E este colega também estava, que andávamos os dois no mesmo barco, num belga.
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