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Vila Praia de Âncora, excerto 18
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INF Essas barracas de madeira, pode haver alguma mas é para. [pausa] para arrecadação, assim de animais, de, da de sargaço [pausa] e de e coisas de, de de lavradores.
INF Para viver, não há mais de madeira, não senhor.
Para viver, não vejo aqui nada.
Eu nasci [pausa] nes- Eu nasci numa barraca [pausa] de madeira mesmo madeiramento, [pausa] tudo de madeira.
Olhe, eu, quer que lhe diga, eu nasci [pausa] num ponto, minha senhora – desculpe que lhe diga – cheio de piolhos, pulgas, percevejo, ratos, de tudo.
Eu vivi no meio disso tudo.
E depois é que veio, mais tarde – isso já era eu casa-…
E depois, quando eu era casado é que veio [pausa] uma lei de Lisboa – ou donde fosse, do Porto, ou donde fosse – de dar aqui uma desinfecção por toda esta zona, uma des- uma desinfecção .
[pausa] Que botavam de criolina e ha-…
Havia aqueles pós para matar os piolhos e tudo, e percevejos e tudo.
Daí para cá, minha senhora, é que nunca mais se viu esses bichos.
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