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Vila Praia de Âncora, excerto 38

LocalidadeVila Praia de Âncora (Caminha, Viana do Castelo)
AssuntoA religião e as superstições
Informante(s) Agesilau

Text: -


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[1]
e passa por cima de mim.
[2]
E quando foi dali Não fiz caso
[3]
e quando foi dali a quê? a meia hora, senti assim o fumo.
[4]
Ai que fumaça!
[5]
E depois é que acordei.
[6]
Era a queimar dentro dum caco num caco numa telha dessas, numa telha, que havia antigas,
[7]
chamavam-lhe aquilo o caco.
[8]
Ia E a queimar aquela aquele alecrim, ou o que era aquilo.
[9]
E ao meu pai a mesma coisa.
[10]
Ao falecido meu pai a mesma coisa.
[11]
Mas nós não vimos a mulhe-.
[12]
sentimos aquilo a passar por cima de nós.
[13]
Então vinha a ser a mulher sem nada, calças, por ci- sem calças, sem nada, por cima de nós.
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Minha senhora, fomos para o rio,
[15]
pilhámos vinte sáveles.
[16]
Vinte!
[17]
Palavra, que estou-lhe a dizer, hem!
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Nós, nessa noite, nesse assejo, pilhámos vinte sáveles.
[19]
Vai assim o meu pai: "Que foi isto, hem?
[20]
Oh, Nossa Senhora da Agonia!
[21]
Que é isto?
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Nós não pilhávamos nada,
[23]
a rede é a mesma".
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Se pilhámos peixe foi daí em diante.
[25]
Porquê?
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Era o feitiço que estava connosco.
[27]
A inveja.
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Está a perceber?
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INF Uma velhota,
[30]
INF Não,
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a minha mãe chamou aquela mulher.
[32]
Aqui mulheres que fazem isso, sabe?
[33]
.
[34]
AquiINF Chamamos-lhe as bruxas.
[35]
As bruxas.
[36]
INF Agora não nada disso.
[37]
Agora não.
[38]
Agora
[39]
INF É por causa do do Diabo não entrar dentro, a- as feiticeiras.
[40]
É.
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Aquilo é por causa das feiticeiras não entrar dentro.

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