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Vila Pouca do Campo, excerto 5

LocationVila Pouca do Campo (Coimbra, Coimbra)
SubjectO terreno; configuração e constituição
Informant(s) Dulce
SurveyALEPG
Survey year1997
Interviewer(s)Luísa Segura da Cruz
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Text: -

[1]
INF Cá a gente chamava-lhe as motas.
[2]
Era a mota do rio.
[3]
INF Era a mota do rio.
[4]
Pronto.
[5]
INF Era:
[6]
o rio é [vocalização] bem [vocalização], o rio era grande
[7]
e tinha muitas árvores dum lado e doutro.
[8]
INF Agora é cortado.
[9]
Muitas árvores!
[10]
Chamavam-lhe os os ou os os plaques, [pausa] e essas coisas assim.
[11]
INF Depois [vocalização] , e então tinha assim uma…
[12]
Porque andávamos lá sempre a deitar urdidar, para cortar coisa, e a acartarem [vocalização]…
[13]
Quando arrombavam as quebradas, acartavam [vocalização], o pessoal, numa cesta de o- – chamavam uma cesta de obra –, à cabeça,
[14]
INF para terra para tapar as quebradas.
[15]
INF E para para arranjar a mota para o não não arrebentar.
[16]
Mas ele arrebentou umas [vocalização] umas poucas de vezes.
[17]
INF Pois.
[18]
INF E d- E depois então era então a mota.
[19]
A gente até íamos para lá lavar,
[20]
e estendíamos por lá a roupa por aquelas árvores, e por um lado, e por outro.
[21]
Chamávamos-lhe então a mota do rio.
[22]
É assim uma uma coisa que era mais alta que o rio.
[23]
O rio é era mais baixo;
[24]
INF e aquilo era mais altinho.
[25]
INF Pois era.

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