R&D Unit funded by

Sentence view

Vila Pouca do Campo, excerto 11

LocationVila Pouca do Campo (Coimbra, Coimbra)
SubjectO porco e a matança
Informant(s) Edite Edésio
SurveyALEPG
Survey year1997
Interviewer(s)João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF1 Ah, eu nunca matei nenhum!
[2]
INF2 Pois.
[3]
INF1 Estran- É todo estran- estrançado aos pedaços.
[4]
INF2 Primeira coisa é queimar.
[5]
A primeira coisa é chamuscados.
[6]
Chamuscar.
[7]
INF1 Era chamuscados,
[8]
pois é.
[9]
INF2 Dantes era com era com bicos, com os tais bicos que a gente disse, dos pinheiros.
[10]
INF2 Ou com palha de arroz [pausa] também dava.
[11]
Agora tem o [vocalização]
[12]
Agora é tudo é com com o maçarico.
[13]
INF1 Com o maçarico.
[14]
INF2 É,
[15]
é.
[16]
Mas antes era com com bicos dos pinheiros, ou então com palha de arroz seca.
[17]
Queimava-se aquilo logo.
[18]
Depois era bem raspado com umas navalhas.
[19]
Raspavam aquilo bem raspado.
[20]
Depois então, depois de isso tudo bem lavadinho
[21]
Lavava tudo bem lavadinho,
[22]
depois vão pendurar-se,
[23]
são abertos,
[24]
são pendurados.
[25]
Eles tiravam Extraem o respectivo sangue para para fazer as chouriças, as morcelas e essa coisa.
[26]
Depois então, agora vão para as arcas,
[27]
antigamente iam para as salgadeiras.
[28]
Era cortado,
[29]
e depois atam os presuntos,
[30]
que era para pendurar.
[31]
Depois eram tratados,
[32]
ao fim de oito dias é que eram tratados.
[33]
Estavam um mês ao ar
[34]
e a outra carne ia para as salgadeiras.
[35]
Botava-se-lhes sal e tudo,
[36]
ia-se comendo daí.
[37]
Agora têm as arcas,
[38]
que agora, pronto, tudo quer tudo fresquinho.
[39]
INF1 Agora nem sabe a nada!

Edit as listText viewSentence view