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Vila Pouca do Campo, excerto 13

LocalidadeVila Pouca do Campo (Coimbra, Coimbra)
AssuntoOs cereaisA rega
Informante(s) Dulcina

Text: -


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[1]
Naquela altura tínhamos de fazer represos no rio Mondego,
[2]
e tinha uns cubos a atravessar a a mota,
[3]
e cada qual dos lavradores que pertenciam àquela área [vocalização] iam fazer os represos no rio
[4]
e a água vinha para fora.
[5]
INF Sim, sim, sim com.
[6]
Mas era com com lenha.
[7]
INF E areia.
[8]
Era com lenha e areia.
[9]
INF Para a água ficar presa para sair depois.
[10]
INF Cada qual tinha tínhamos aquelas
[11]
Era umas, era [vocalização] Agora por exemplo aqui era um, [vocalização] aqui na nossa terra,
[12]
depois em cima era outro.
[13]
E era na área dos que regavam dali é que faziam o represo.
[14]
INF Aquilo antigamente era assim.
[15]
Agora depois agora é doutro formato.
[16]
INF Quando o arroz começa a alourar
[17]
INF É para Não.
[18]
Fim Agosto.
[19]
E f- No fim de Agosto, ele começa a virar;
[20]
depois em meados de Setembro
[21]
[vocalização], em meados de Setembro, quem semeia mais cedo começa a ceifar.
[22]
C- Começávamos a ceifá-lo à mão.
[23]
Co- Era com as foicinhas [pausa] que a gente o cortava, naquela altura.
[24]
Porque agora agora que eu depois explico-lhe como é agora
[25]
[vocalização] Depois a gente ceifava-o,
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ficava a resteva para [vocalização], para para secar.
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Era,
[28]
Eledava muito trabalhinho!
[29]
Depois íamos atá-lo.
[30]
Íamos atá-lo ao fim de dois dias ou três, conforme o sol estivesse.
[31]
Íamos atá-lo,
[32]
depois 'trazíamo-no' para casa.
[33]
Depois botávamo-lo assim ao todo ao alto na eira,
[34]
metíamos-lhe o gado [vocalização] a, para o para o malhar.
[35]
E a gente com os malhos:
[36]
tumba, tumba!
[37]
Malhos de madeira, que ainda tenho um de malhar o feijão.
[38]
INF Mas é que se eu se eu agora o encontrasse!

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