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ALC03

Alcochete, excerto 3

LocationAlcochete (Alcochete, Setúbal)
SubjectAs alfaias agrícolas
Informant(s) Anselmo
SurveyALEPG
Survey year1990
Interviewer(s)Luísa Segura da Cruz Manuela Barros Ferreira
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

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INF Isto aqui é uma [pausa] Ai, ele! Eu desqueceu-me o nome disso. É de eles É de eles é bicarem.

INQ1 Rhum-rhum.

INF Esses, esses Esses coisos é modernos. Isso é moderno.

INQ2 É?

INF É.

INQ2 Então e antigamente o que é que se fazia em vez destes, destes?

INF Antigamente [vocalização] Ele antigamente, e-, estes estes coisos aqui, estes, estes estes coisos que eles fazem aqui, esta chupa, era de fazer [pausa] o covato mais pequenino.

INQ1 Rhum-rhum.

INF Viravam ao contrário, faziam assim, mais pequenino. [pausa] Agora isto que está aqui, [pausa] isto que está aqui é uma, é uma, a gente chamava uma sachadeira.

INQ2 Uma sachadeira.

INQ1 Setecentos e quarenta e quatro.

INF E isto aqui é um sacho.

INQ1 Rhum-rhum.

INQ2 Sim senhor. não se lembra como se chamava esta partezinha que ficava em cima?

INF Essa parte de cima é que eu não me lembro, homem, o que eu lhe chamava.

INQ2 O peto ou

INF Ai, eles chamavam isto um [pausa] um nome. Punham um nome Punham um nome a isto

INQ2 Então e este? Setecentos e trinta e cinco.

INF Este parece o um enxadão. Isto é um enxadão. [pausa] Isto é um enxadão.

INQ1 Rhum-rhum.

INF Isto é um enxadão.

INQ2 E este?

INF Isto é um, isto é Isto é um anci- um ancinho.

INQ2 Não.

INF Não? [pausa] É uma enxada.

INQ1 Rhum-rhum.

INQ2 Olhe, então, conhece esta coisa agora que estamos aqui, nesta página , uma coisa que era assim, que se punha um pau Era para tirar água, para regar

INF Ah! Isto [pausa] era uma cegonha.

INQ2 Lembra-se de ter visto isso?

INF Oh! Ali Ali para Sarilhos houvia tanto e para a Moita.[vocalização]

INQ2 Havia?

INF Isso ali E se ali houvia tantos! Era como praga! Que houvia ali aqui do Alto do Estanqueiro, que têm tem as terras, é tudo em em poceirões. E depois dos poceirões, tinham sempre água todo o ano e armavam aquela cegonha. Punham aquele pau, puxavam por o pau, puxavam por este pau e levavam o o balde abaixo e enchiam.

INQ1 Rhum-rhum.

INQ2 Como é que se chamava a essas?

INF Ali da Jardia Ali da Jardia, houvia. Mesmo por a borda da estrada, quando se vai para o Pinhal Novo, havia tantos [vocalização]. Agora está tudo cheio de casas.

INQ1 Pois.

INQ2 Como é que se chamava essas ca-, essas terras que precisavam de ser regadas?

INQ1 Achas que não faz mal eu pôr aqui?

INF Essas terras Essas terras que precisavam de ser regadas? Essas terras era a gente [vocalização] , chamava a gente terras do seco.

INQ2 E as outras que não eram do seco?

INF E depois agora agora o que eles agora puseram foi terras do regadio. [pausa] Terras do regadio é onde é que têm agora as regas. É onde é que têm agora as regas.

INQ2 Olhe, para regar o que é que é preciso?

INF Para regar? Então é preciso mangueiras, é preciso [pausa] o diabo do, do da electricidade para pôr os coisos a trabalhar.


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