INQ Olhe, portanto, já há bocado estivemos a falar, portanto, isto aqui serve para ir à pesca de quê?
INF [vocalização] Isto [vocalização], a preta, minha senhora, que está aí pescando, é berbigão e é lagueirão.
INQ Pois.
INF Serve para ir à pesca de vários peixes [vocalização], assim principalmente os peixes que a gente [vocalização] apanha mais nesta pesca miúda, mais ao miúdo, é o [vocalização] besugo, é a bica, a safia, a faneca e a choupa – preferivéles! Quer dizer, há vários. Vem a arraia, vem o safio, vem a moreia, vem a garoupa, vem o rascaço, mas é vários… O com- Aqueles mais de destino é: besugo,, [pausa] safia, [pausa] faneca e choupa. E também vem o pargo.
INQ Pois. Tudo isso são diversas variedades de…
INF Sim. Mas é o que mais mata no anzol fino.
INQ Pois.
INF Tirando isso [pausa] para ir a pesca, iscamos as nossas artes, para ir lançar ao mar, para ir à pesca, para apanhar peixe. É o nosso uso pes- de a gente falar. "Vamos à pesca". "Vamos pescar". "Então pescaste muito? Apanhaste muito peixe? Apanhaste muito peixe"? "Pois apanhei, sim". Ou: "Não apanhei". Ou: "Não houve pesca nenhuma". Ou: "Houve pouca". É. A gente fala assim um com o outro: "Então apanhaste muito peixe, fulano"? "Olha, a pesca hoje foi pouca. Foi má. [pausa] A pesca hoje foi má". "Então"?… "Ah! Escapou". Às vezes, a gente diz assim: "Deus não dê menos, a coisa está razoável". E outras vezes, a gente diz: "Ah, está fraco. Mas [vocalização] lá pode vir um dia que venha melhor". [pausa]
INQ Pois.
INF A vida do pescador é assim.