INQ E um que costumava crescer perto das ribeiras, que dava uma folhinha verde, que depois também se fazia sopa, e também?…
INF Agrião. Agrião. Esse agrião então era usado. Não eram todas as pessoas, mas havia pessoas que iam buscar o agrião da água. E há o agrião da terra.
INQ Pois.
INF Mas, mas não é, ma- O que era vulgar em todas as casas era o a couve e o nabo. A couve era usada em sopa de feijão, chamava-se o caldo de feijão, que era posto couve, alho, cebola e funcho. Não se fazia sopa de feijão que não tivesse couve e funcho e o nabo e o [vocalização] alho e a cebola. Depois é que se começou a ir pondo o endro e o coentro. Mais o coentro do que o endro.
INQ Rhum-rhum.
INF [vocalização] Quando era de Verão, por exemplo, o feij- [vocalização] a sopa de queijada, a sopa de queijada é a fava de-, des- [vocalização] descascada e tira-se-lhe aquela casca de fora, fica só o miolo da fava por dentro. Chamava-se queijada. Então aí é que não era não se fazia sem ter o coentro. Essa era. Mas era comida que se fazia de Verão.
INQ Pois.
INF Não era de Inv-. De Inverno não se usava muito coentro. usou- Já se usa coentros desde que eu me conheço. Mas antes não. Antes usava-se o coentro e o endro era na [vocalização] só na sopa da carne.
INQ E espinafres por aqui não havia?
INF Agora há. Mas então já depois que eu tive as minhas filhas [pausa]
INQ Rhum-rhum.
INF é que começaram os médicos a aconselhar que era bom dar sopa de esp- de espinafres ele às crianças, aos bebés, e então já começaram a cultivar. Mas ainda não é uma comida que seja de [vocalização] do dia-a-dia, das pessoas. É mais para bebé ou… As pessoas como não foram habituadas nem se habituaram nem gostam.