INQ1 E aquela grande que está ali por cima?
INF Aquilo é babosa.
INQ2 Portanto, é o aloé.
INF Aquilo é [vocalização] uma coisa que é até bom para remédio.
INQ1 Dizem que sim. E aquelas mais pequeninas, carnudas que estão aqui em baixo?
INF Aquilo também não sei como é o nome daquilo.
INQ2 Mas diz que é um quê?
INF Isto, isto…
INQ1 Espera, eu estava…
INQ2 É um tipo de quê?
INF Isto? Eu não sei o nome disto.
INQ2 Não, não era dessa.
INF É esta?
INQ2 Isso assim chama-lhe o quê? …
INF Não, não…
INQ2 Não tem nome nenhum?
INF Não tem nome. A minha filha é que trouxe isto da fazenda do vime. Não tem nome. E aquilo também. Ela também trouxe aquilo. Aquilo dá uma flor, uma cachopa muito grande, amarela, e então enxameia poderes. Aquilo, ela trouxe uma plantinha disto e, [vocalização] olha, foi uma planta até para acolá…
INQ2 É, é.
INF Eu trouxe ele uma plantinha, por exemplo, mais pequenina que aqu- do que aquela que está acolá, da Fajã da Caldeira [pausa] de Santo Cristo, e plantei ali e olhe a senhora já como aquilo está!
INQ2 É.
INF E já vieram buscar aqui remédio para daquilo para fazer remédios.
INQ1 Pois.
INF A minha mãe, eu era rapariga pequena – porque eu já não era muito criança mas também não era muito grande –, e ela teve uma erisipela erisipela numa perna. E disseram-lhe que ela que esfrega- aquecesse no lume de lenha [vocalização] um tu-, um tu- uma raminha daquelas –
INQ2 De babosa?
INF de babosa – e esfregasse naquilo e depois pendurasse ao fumo e deixasse estar, não tirasse, que aquilo que havera de cair por si. Eu fui pedi-la – umas umas nesguinhas daquelas – lá abaixo ao pé da igreja, numa casa, que não a gente não conhecia em mais banda nenhuma. E olhe, ela esfregou, esfregou e, e e desapareceu que nunca mais lhe tornou a dar.
INQ2 Ai que giro!
INF E já vieram buscar por duas vezes aqui para.
INQ2 Sim, sim.
INF Foi para uma dor ciática que deu na mulher de [vocalização] desse [pausa] Herculano, que tem uma dor…
INQ2 Herculano.
INF Deu-lhe uma flebite numa perna e diz que era boa, mas ela não… O doutor já a desenganou, que ela que não tem cura. Mas ela veio aqui também buscar [vocalização] daquilo. E [vocalização] E veio uma outra mulher para fazer um xarope. Com mel e açúcar, botar tirar só aqueles picozinhos por fora, mas também não é destas de fora nem muito das de dentro, é daquelas intermédias, e ferver aquilo com um quilo de açúcar e não sei se é um litro de água, e depois deitar aquilo de infusão, que aquilo que era muito bom para o fígado. E eu disse: "Há-de-me ensinar, senhora Josefa, a fazer"! Ah, é assim. "Ai, não posso fazer porque eu tenho diabetes, não posso beber isso". Todos Porque então se beber umas coisas doces, eles sobem logo. Eu comi ali
INQ2 Nem penses. Açúcar, claro. Ainda era pior.
INF Eu comi ontem umas batatas-doces que ele o meu marido comprou. Porque a gente usava a semear isto tudo muito semeado, mas agora depois que estamos sozinhos…
INQ2 Claro.
INF E ele ontem comprou umas e eu cozi e eles já hoje estão quase no máximo.
INQ2 Pois é. Não deve…
INF A mim, a batata-doce vem muito…
INQ2 É.
INF Isto, não sei dizer o nome disto. Agora isto conheço muito bem.