INQ1 Olhe, e não costumava pôr a, uma coisa na bota, que era para não deixar entrar água?
INF Pois.
INQ1 Passava…
INF Uma Na bota, uma polaina, ou um uma coisa qualquer para não deixar entrar a água para dentro.
INQ1 Mas não havia um material que se esfregava nas botas?
INQ2 Não, isso é uma outra coisa.
INF Havia um… É o unto. É o sebo.
INQ1 Olhe o, na, na bota há um fio que é para amarrá-la, como é que chama?
INF Pois. É o atacador.
INQ1 Então o atacador serve para?…
INF Para as Para atacoar as botas.
INQ1 Olhe, mas como é que atacoa? Portanto, dá um?… Pega no, no, no atacador e dá um?…
INF Dá um nó.
INQ1 Olhe, e não se usava nada aqui para baixo que tivesse umas coisas em sola de madeira, com sola de madeira? Ou era só, sempre…
INF Dantes havia. Chamava-lhe a gente tairocas. Ainda usei uma umas tairocas. Eram Havia aí um homem que fazia solas de pau e pregava ali a [vocalização] a coisa de de cima, a [vocalização] aqui a fazenda de cima, pregava-a àquela madeira e a gente calçava aquilo.
INQ1 Rhum-rhum.
INF De maneiras que de Inverno de Inverno aquilo até era quente.
INQ1 Pois.
INF Mas faziam doer os pés.
INQ1 Faziam dores nos pés?
INF Pois. Aquilo era duro.