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CRV53

Vila do Corvo, excerto 53

LocationVila do Corvo (Corvo, Horta)
SubjectA criação de gado
Informant(s) Feliciano Felício
SurveyALEPG
Survey year1979
Interviewer(s)João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationSandra Pereira Márcia Bolrinha
LemmatizationDiana Reis

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INF1 A geada e o vento é que vai comer a erva que é o que está [adjetivo]. [pausa] Não Não é o gado.

INF2 Homem, não! [pausa] Quando numa ponta, não noutra.

INF1 Agora vamos com esta.

INF2 Por , por , vamos presenciar o estado.

INQ Ainda muito gado no baldio, não? muito gado no baldio?

INF2 Está.

INF1 Está algum.

INF2 esteve mais. Também muitos têm além gueixos ou e [vocalização] bezerros. [pausa] Naqueles desenvolvidos que vão para o baldio, ele os que os que ficam no baldio.

INF1 Agora estão ali espalhados.

INF2 Ele algum dia eu tinha ele ele os bezerros e as gueixas para cima também, nas terras. que a mim seja seis cabeças, e muitos assim.

INF1 Eu tenho quatro . Tinha Tinha seis

INF2 Não sei quantas tenho. as tirei.

INF1 Tirei dois bezerros. E os meus estão

INF2 E muitos assim.

INF1 E os que Os que eu tenho do lado de podiam estar todos os três bem. Mas ele eu quero mondar e deixo-os estar.

INF2 A gente usa para mondar, é. Em vez de a gente mondar com a faca, monda com os [nome] e a

INF1 Eles podem mondar.

INF2 E dou, dou, dou s- dou isso. [vocalização] A erva-bota com o dente do gado mondou-se mais do que [pausa] com a faca.

INF1 Mais do que com a faca. Vão indo comendo.

INF2 não muita gente que corta com a faca. E ela num dia cresce . E é uma erva levada da breca. Agora a gente [vocalização] ceifa para para fazer estrume ali no poço. Mas a gen- Ela tem sede, e a gente arruma-a no palheiro, como eu tenho aquela ali, jogada para o poço. [vocalização] Vai para a terra, larga aquele sumo pelo, do, do do poço. A gente pode-a trazer do terreno. E se sol, a gente pode-a trazer outra vez para a terra. Sequinha, a terra come. Agora, ela vindo verde e pondo em cima do poço que vem água que ela apodreça, ela assim faz estrume. Doutra maneira não.

INF1 Alguma dela era trazê-la e ele era aparar a água do Inverno fora. Ela guardada no palheiro ele [vocalização] [pausa] endurece.

INF2 Ela não endurece. Fica tudo uma palha, ela larga aquele sumo, e vem o sol, torra-a outra vez e ela fica assim .


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