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GIA09

Gião, excerto 9

LocationGião (Vila do Conde, Porto)
SubjectO linho, a lã e o tear
Informant(s) Cunegundes
SurveyALEPG
Survey year1993
Interviewer(s)Manuela Barros Ferreira
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

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INF Era: punha-se essas papinhas a [vocalização]

INQ Da linhaça.

INF da linhaça era num almofariz. A gente pisava aquilo que nós tínhamos , e [vocalização] fazia aquela papinha, e depois deitava-se Comprava-se na farmácia a, a [vocalização] a mostarda, picante, e [vocalização] era uma farinha, parecia assim era E deitava-se em cima daquilo e chapava-se onde a gente tinha: ou nas costas, ou no peito. Às vezes, a gente era criancita e bem chorava com aquilo, quente, custava! Oi!

INQ Era, era. Custava tanto! Olhe, e havia no, no vinho, no, no linho também, não havia nada que se chamasse a estriga? A estriga do linho?

INF A estriga do linho. .

INQ Era o quê?

INF Ah, é mesmo é feita [vocalização] quando ela está prontinha Eu tenho me parece. [vocalização] Fazia-se assim: entrançava-se, era uma estriga de milho. Que é o que se deita agora nas pipas e assim que se compra aquelas estrigas , que se compra para se deitar nas torneiras,

INQ Sim.

INF para quando se mete a torneira para ela não deitar e assim.

INQ Claro.


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