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GRJ32

Granjal, excerto 32

LocationGranjal (Sernancelhe, Viseu)
SubjectA saúde e as doenças
Informant(s) Ercília Emanuel
SurveyALEPG
Survey year1978
Interviewer(s)Manuela Barros Ferreira
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMárcia Bolrinha
LemmatizationDiana Reis

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INQ Olhe, e as impingens, como é que são?

INF1 As impingens, a impingem também nasce. A impingem é é assim [vocalização]: começa-se a esfolar a a carne, ou como é.

INF2 Aquilo começa a alastrar , a alastrar e vai sempre Aquela Aquela casca vai sempre na frente e aquilo vai alastrando.

INF1 A alastrar, a alastrar. Até que a gente a atalha! A gente atalha-a depois não vai mais.

INQ E como é que se atalha a impingem?

INF1 Olhe: "A imp- Impingem rabiça, sai daqui". Se a gente tem comido, diz-lhe que ainda não comeu; e se a gente não tem comido, diz-lhe que a tem comido. Porque eu hoje Por exemplo, eu ainda não tenho comido: "Que eu hoje comi e bebi, assim como te eu menti, assim tu medres aqui". E depois pa- a gente coze passa na frigideira [pausa] a casca dos alhos, ou a rama, num bocadinho de azeite, tosta-a muito tostadinha, e depois desfaz assim com uma colher, e depois chega-lhe aquilo assim um bocadinho, bota, sara num instante.

INF2 Em volta, pronto, sara.

INF1 É uma impingem.


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