INQ Mas de quem é isto? Isto ainda é de alguém, de algum particular, não?
INF É. Isto é dum senhor que comprou isto ainda há pouco tempo. Comprou esta propriedade.
INQ Ah!
INF Sim senhora.
INQ Isto aqui é campos de quê?
INF Isto é arroz.
INQ É arroz.
INF São canteiros de arroz.
INQ Pois.
INF Isto é tudo coisas que estão abandonadas, não é?
INQ Olhe lá, então e esta…
INF Não sei o que é que as pessoas querem.
INQ Pois.
INF Querem comer e não querem tratar das coisas.
INQ Qualquer dia não há comida…
INF Pois é. As pessoas não querem tratar. Deixam acabar moinhos, deixam acabar [vocalização] deixam acabar tudo.
INQ Pois.
INF Não sei… As pessoas parece que estão pensando que isto tem tendência de acabar, que não de aumentar. [pausa] Não se vê completamente ninguém a aprender a tirar cortiça,
INQ Pois.
INF a semear batatas, [vocalização] sei lá, várias coisas como fazer.
INQ Só os velhos é que ainda sabem estas coisas. Mais ou menos.
INF Pois, mais ou menos, pessoal da minha idade é que [vocalização], mais ou menos, faz isto.
INQ Pois.
INF Mas tirando isso… E acho muito bem quem se possa defender. Por os anos que a gente vive…
INQ Pois, uma pessoa… Pois. As pessoas trabalhavam antes…
INF A gente podendo-se defender, poupar o nosso corpinho, que a gente se possa defender, não há nada melhor.
INQ Pois.
INF Agora a gente defender-se para prejudicar as outras pessoas é que não está certo, não é?
INQ Pois.