INF Bom, a gente anda anda a cortar e a gavela, [pausa] é conforme: se a semente é forte, com três ou quatro vezes que a gente bota a foice, faz-se uma gavela. Mas se a semente é fraquinha, a gente anda ali um bocado para arranjar uma gavela.
INQ1 Gavela é aquilo que fica tudo na mão?
INF Isso. Pois, que fica aqui [pausa] apertado na mão.
INQ1 E depois várias gav-… Se punha várias gavelas o que é que fa-, que é que fazia?
INF Depois a gente [vocalização], 'nasquelas' gavelas, faz a gente aqui uma paveia. Uma paveia paveiinha. Ajunt- Junta aqui umas poucas [pausa] assim de além, assim [vocalização], faz um redondo. Junta aqui umas poucas. Muitas que faz a gente assim… Bem, conforme. Vai a gente ceifando e vai assim andando por aí adiante, fazendo asquelas paveias, fazendo asquelas paveias. Em havendo vendo ali um bocado, a gente depois vai e ata. Ata aq–
INQ2 E fazem o quê?
INF Faz Fazem uns molhinhos assim pequeninos, uns molhinhos, uns molhinhos, [pausa] pequeninos. Depois a gente ajunta e fazem. Em estando ceifado a ceifar, a gente ajunta assim aos montes, assim como – vê além o monte que além tenho?
INQ2 Como é que se chama aquilo?
INF Aquilo é um rolheiro.
INQ1 Pois.
INF Agora em eu vindo para baixo, querem ir ver além os molhos como é como é que são?
INQ2 Pois, pois. Sim, sim.
INQ1 E como é que, como é que atava os molhos? Com quê?
INF É com a É com a mesma semente.
INQ1 Como é que chama àquilo?
INF [vocalização] É uma nagalheira.
INQ2 Pois.
INF Sim. É uma nagalheira.
INQ1 Pois.
INF Devia ter deixado além o saquinho logo que ainda lá voltava. Até
INQ1 Oh, deixe estar. Também não pesa muito.
INF Nem [vocalização] Nem tem asas… Custa-lhe a segurar. Isto há assim muitas muitas maneiras. Há Há pessoas – a ge- nós, por acaso, damos assim um nome cá [pausa] aqui a certas coisas. Mas [vocalização] muitas pessoas não sabem asqueles nomes, sabe?
INQ1 Pois.
INQ2 Pois.
INQ1 Pois, é por isso.
INF Muitas pessoas não sabem não sabem esta coisa, como a gente apanhava as sementes.