INF1 Quando se vai apanhar [vocalização] [pausa] , vai-se fazer a vindima. Vá, vai-se fazer a vindima. Fala-se a homens – quem não tem homens – fala [vocalização] faz a vindima.
INF2 Vai-se fazer a vindima…
INQ Porque, porque aqui os campos de, de vinho eram muito grandes, eram?
INF1 Pois! Agora [vocalização] já não têm metade do que tinham. De primeiro, tinham [vocalização] o carro de bois, [pausa] arranjavam umas tinas, punham em cima do carro [pausa] para transportar as uvas.
INQ E como é que faziam? Portanto, o carro, o carro de bois estava com a tina num sítio, não é? E as…
INF2 E o vinh–
INF1 Estava com a tina num sítio e a gente ia apanhando e deitando dentro.
INQ Não, mas iam-na apanhando para dentro de quê?
INF1 Ia Apanham-se para dentro dos cabazes, de destes de vime – de cestos de vime – AB|e ia-.
INQ Destes redondos?
INF1 Sim, e ia-se deitando dentro das tinas.
INQ Mas as pessoas não andavam com uma coisa aqui assim ao
INF1 Não.
INQ para pôr os, os cachos?
INF1 Não.
INQ Para depois vazarem para dentro, não?
INF1 Ah, andava-se com [vocalização] com outros cestos mais maneirinhos, para deitar dentro.
INQ Que andava assim ao, ao braço?
INF1 [vocalização] Tem uma asa. Não, andava no chão mas [pausa] quem quisesse podia fazer assim.
INQ Tinha uma asa. Olhe, e quando se faz a vindima, depois de fazer a vindima, não ficam para trás, às vezes, uns, uns cachos pequenos?
INF1 Isso é rabisca. Isso é para os miúdos a [vocalização] rabiscar.