INQ1 Portanto, havia, havia duas peças, dois bocados de pedra, na ponta, ou era só uma?
INF Não. Aquilo nem era pedra; aquilo é aquilo era: era só a pedra e tinha e tinha ali uma um coiso, uma argola de ferro grande de encaixar, e entrava dentro daqui do fundo do fuso; entrava porque o fuso tinha, tinha tem uma uma cavidadezinha para cima, e entrava; e aquilo tinhas umas umas vielas em volta, no fundo, para mor de aquilo não romper… Porque aquilo era muito coiso, para se não… Que aquilo era: era sempre azinho ou ou sobro – ou sobreira, como a gente chamava –, o fuso. E [vocalização] tinha aquele aquele buraquinho com aquela… E o fuso tinha aquela aquela parte para cima [pausa] e [vocalização] encaixava dentro do fuso, e depois a gente metia , [vocalização] por exemplo, assim na parte que tinha um furo, assim; metia-se aquela chave e depois já o levantava; mas se não metesse a chave, não o levantava, porque fuso ia para cima, [vocalização] sozinho, e não levantava a pe- o penedo para cima.
INQ2 Portanto, o fuso, a chave era para travar o penedo ao fuso?
INQ1 Mas… Era aquilo que prendia?
INF Pois. É. Era, era Era para mor de coiso. Por exemplo, o penedo tinha isto aqui, assim – tinha tinha esta parte a assomar assim no penedo –, e encaixava rente do fuso assim de baixo para cima.
INQ1 Rhum-rhum.
INF E depois havia assim um buraquinho aqui, a gente metia aqui aquela chave…
INQ1 Que era o que segura o fuso ao penedo para poder ir acima.
INF Que é Pois. Que é, que é Que era depois a gente começava a andar com com o fuso de roda e o penedo… A própria rosca do fuso em cima na concha levava o penedo acima e levantava-o assim do do chão para cima, assim, uma distância destas, para cima – por exemplo. [pausa] Ele ia outra vez pousar – aquilo ia abatendo – e a gente tornava-lhe a dar mais uma volta ou duas, até que…
INQ1 Portanto, portanto, a chave era o que segurava o fuso ao penedo?
INF Pois. Era o que segurava o pene- o penedo ao fuso.
INQ1 Exacto.