R&D Unit funded by

STE22

Santo Espírito, excerto 22

LocationSanto Espírito (Vila do Porto, Ponta Delgada)
SubjectO lenhador e o forno de carvão
Informant(s) Isaltina
SurveyALEPG
Survey year1979
Interviewer(s)João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.


INQ Antes não se costumava, aqui não se costumava fazer da lenha, costumava-se queimar a lenha para ficar assim toda preta, que era para depois acender?

INF Carvão.

INQ Sim.

INF Para se botar no ferro, para se passar a roupa a ferro.

INQ Mas

INF E os ferreiros para fazerem

INQ Pôr na forja.

INF Na forja, é.

INQ Mas, por exemplo, o, o carvão vinha de fora ou era feito ? Onde é que a senhora?

INF Ah, eu cuido que era feito .

INQ Era feito ?

INF Iam [vocalização] Esses ferreiros iam pelos matos onde tinha cepos [pausa] porque tinham cortado lenha. Pediam aqueles cepos, arrancavam, picavam-nos e faziam uma cova, assim uma cova bem funda, na na terra. E botavam aqueles cepos ali a arder, a arder, a arder, a arder. Quando eles estavam ardidos, abafavam com a terra e com lenhas por cima da terra, tapavam muito bem tapado e e depois então daí a dias é que iam desenterrar. Estava apagado Estava apagado .

INQ Pois. E como é que chamava aquilo que eles faziam com, com a lenha? Portanto, aquela coisa toda com a terra e com a lenha?

INF Pois era cova de car- de carvão. A cova do carvão.

INQ A cova do carvão.


Download XMLDownload textWaveform viewSentence view