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STJ54

Santa Justa, excerto 54

LocalidadeSanta Justa (Coruche, Santarém)
AssuntoOs batráquios e os répteis
Informante(s) Deolinda

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INQ alguma vez alguém foi mordido por uma víbora aqui?

INF Aqui na nossa aldeia foi. Olha a mãe desse desse rapaz que vocês [pausa] estiveram no café desse Dâmocles, desse Jacinto.

INQ Rhum-rhum.

INF A mãe, mordeu-lhe uma víbora, está aleijada do do dedo onde a víbora lhe mordeu.

INQ E o que é que se dizia que se fazia para curar?

INF Ah! Ela foi para Lisboa, ela não Aquilo

INQ Pois, não faziam nada aqui?

INF Diziam dantes que [pausa] que a gente dando um golpinho para sair o veneno, que Mas ela foi para Lisboa, eu nem sei se lhe deram algum golpe, se que não. Isso foi coisas [vocalização] muito ano, não me lembra . Essa mulher tem um Não sei qual é o dedo. Andava a mondar arroz.

INQ Rhum-rhum.

INF Andava a mondar, mas ela não estava dentro de água. Aquilo [pausa] estava no combro, porque aquilo [vocalização] tem uns canteiros, não é?

INQ Rhum-rhum.

INF E t- E ela calhou a pôr a mão assim em cima do combro, estava logo a víbora, mordeu-lhe, aquilo aleijou-a num dedo. Está aleijada dum dedo. E está ali outro homenzinho, também levou uma mordidela duma víbora na ceifa. [pausa] Pois andava a ceifar o pão, também lhe mordeu uma víbora. Agora esse bicho até desapareceu. não bichos quase nenhuns destes. [pausa] Mordeu-lhe uma víbora, também [pausa] esteve muito mal! Foi para Lisboa, enfim Mas morreu esse homenzito. Pois morreu, mas não foi disso.

INQ Não foi disso.

INF Não foi disso.


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