INQ1 As caganitas de rato era para quê? O chá da caganita de rato?
INF1 Diziam que também fazia bem ao empate, [pausa] às dores de cólica.
INQ1 Ah!
INF1 Se calhar, antigamente as dores de cólica deve ser hoje apêndice.
INQ1 Não sei, se calhar há vários géneros de, de dores de cólica. Ainda hoje há dores de cólica que não são…
INF1 Houve aí Houve aí pessoas que, com essas dores de cólica, morreram.
INQ1 Pois, isso é capaz de ter sido apêndice.
INF1 O filho da tia Dores, que casou com a Doroteia do Duarte, a que morreu há poucos dias, esse Dúlio morreu.
INF2 Morreu.
INF1 Umas dores de cólica e morreu.
INQ1 Pois, pode ter sido apendicite.
INF1 É dores de cólica, é dores de cólica, é dores de cólica e foi-se embora. Morreu.
INF2 Não estava descoberto ainda há a tempo.
INQ1 Pois. Ainda não se descobria como é que se tratava.
INF1 Bem, mas se fosse apêndice, também não era o chá que ia soldar a tripa.
INQ1 Pois não.
INQ2 Pois não.
INQ1 O apêndice é uma infecção muito grave.
INF2 Mas há Mas há medicamentos que atrasam.
INF1 Ou então Ou então foi algum volvo na tripa,
INQ1 Sim, sim.
INF1 algum nó que a tripa deu…
INQ1 Pois. E com aquele chá…
INF1 E depois aquilo era uma espécie de azeite. [pausa] Aquilo era uma espécie de azeite, tão languinhento! Tão E eu soube o que ia tomar.
INQ1 Pois.
INF1 Já tinha tomado as caganetas dos ratos, e tudo, nada fez bem! Tanto chá eu tomei! [pausa] Comi aquele do Bebi aquele do cagalhão, depois de estar embrulhadinho num pano, Risos veio-lhe aquela revolta – "vrr-vrr-vrr" –, ao fim dum bocado, fiquei sossegadinho, tombei para trás, dormi um bocado bom.
INQ1 Pois.
INF1 Até que passou. Aquilo foi talvez nó numa tripa…
INF2
INQ1 Pois, pois.
INF1 Ai, umas afrontas que eu ia morrendo!