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AAL58

Porto da Espada, excerto 58

LocalidadePorto da Espada (Marvão, Portalegre)
AssuntoErvas, arbustos e flores
Informante(s) Alcibíades

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INQ Ouça , onde é que os coelhos e assim esses bichos, onde é que eles costumam criar?

INF [vocalização] Costumam a criar no chão. Fazem um buraco no chão, [pausa] um buraco, e depois [vocalização] fazem a criação debaixo e e tapam.

INQ Sim senhor. Olhe, e assim bichos como a raposa e isso, onde é que eles se metem?

INF Isso, metem-se nos covis, ou onde nesses canchos, nesses [pausa] nesses pedregulhos, ou mesmo no meio do mato, onde queira que muito mato também se.

INQ Pois. E esses Está bem, mas costuma haver nesses sítios, por isso é que é muito difícil entrar dentro porque aquilo está cheio daquelas plantas todas cheias de picos. Como é que aquilo se chama?

INF Não sei, não sei; eu não sei o que é, não sei.

INQ Não conhece as silvas?

INF Ah, então mas isso [vocalização] Ai, e é, e é isso é também Tem razão, também também uma coisa que se come, é verdade. Ora, mas então a gente! Estava muito longe de de eu agora explicar isso.

INQ Eu estava-lhe a dizer que era brava. Aquilo não nasce em qualquer terreno que fica para ser cultivado?

INF Pois. Pois é. [vocalização] Até a fazerem mal. E, às vezes, também fazem bem, sabe?

INQ Pois.

INF Pois. , pois Então, tem que é que dizer que é a amora. É a amora que nasceu na ponta da silva. Deu a flor e depois deu a amora. E aquilo também se come. Ora, mas eu agora, ia agora pa- para as silvas!


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