INQ Ouça lá, onde é que os coelhos e assim esses bichos, onde é que eles costumam criar?
INF [vocalização] Costumam a criar no chão. Fazem um buraco no chão, [pausa] um buraco, e depois [vocalização] fazem lá a criação debaixo e e tapam.
INQ Sim senhor. Olhe, e assim bichos como a raposa e isso, onde é que eles se metem?
INF Isso, metem-se nos covis, ou onde há aí nesses canchos, nesses [pausa] nesses pedregulhos, ou mesmo no meio do mato, onde queira que há muito mato também se.
INQ Pois. E esses… Está bem, mas costuma haver nesses sítios, por isso é que é muito difícil entrar lá dentro porque aquilo está cheio daquelas plantas todas cheias de picos. Como é que aquilo se chama?
INF Não sei, não sei; eu não sei o que é, não sei.
INQ Não conhece as silvas?
INF Ah, então mas isso [vocalização]… Ai, e é, e é isso é também… Tem razão, também dá também dá uma coisa que se come, é verdade. Ora, mas então a gente! Estava muito longe de de eu agora explicar isso.
INQ Eu estava-lhe a dizer que era brava. Aquilo não nasce aí em qualquer terreno que fica para ser cultivado?
INF Pois. Pois é. [vocalização] Até a fazerem mal. E, às vezes, também fazem bem, sabe?
INQ Pois.
INF Pois. Há aí, pois Então, tem que há é que dizer que é a amora. É a amora que nasceu na ponta da silva. Deu a flor e depois deu a amora. E aquilo também se come. Ora, mas eu agora, ia lá agora pa- para as silvas!