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AAL65

Porto da Espada, excerto 65

LocalidadePorto da Espada (Marvão, Portalegre)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Alcibíades Alice

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INQ1 E quando foi da guerra de Espanha, como é, aqui, aqui como é que era?

INF1 [vocalização] Nós aqui nunca, nunca tivemos, [pausa] [pausa] eles nunca Nunca se aqui conheceu nada.

INF2 Aqui nunca se conheceu nada.

INF1 Ouvia a gente dizer "fazem isto, fazem aquilo", mas a gente, como nunca viu [vocalização], pronto, não não sabe nem dizer. O que é que quando era a à noite quando era a à noite, a gente aqui, [pausa] portinhas fechadas logo à noitinha, [pausa] logo fechadinhas, à noitinha.

INQ2 Mas porquê?

INF1 Tinha a gente medo, não viesse a pessoal da, fug- que vinham fugidos, e que chegavam, por exemplo, aqui, ou que queriam mal ou queriam que a gente lhe desse [vocalização] [pausa] coito ou assim. E a gente [vocalização] não, pois bem, nem ninguém queria dar coito a essa gente. Pois claro, era [pausa] era também contra, naturalmente, o, à nossa [pausa] à nossa nação e em depois não. Mas houve eu vejo que muita gente ainda que fugiram para baixo. A gente ouve dizer que fugiram para . Não se sabe se era é nem se não. [vocalização] O mais, nunca a gente ouviu dizer, aqui assim Nunca dizem mais nada, da guerra. Ouvia a gente dizer: "Hum, houve aqui houve aqui um combate, houve além, fizeram isto, fizeram aquilo".


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