INQ1 Aquela parte da terra que fica assim escorregadia…
INF1 A lama? A gente chama lama ou nateiro, [pausa] quando chove.
INF2 É um nateiro. Quando chove faz um nateiro.
INF1 Nateiro. E o nateiro vai a lama.
INQ1 Pois. Olhe e, às vezes, assim, em terra, a gente, cai a, cai a água e fica um?… Muita lama fica um?…
INF2 Um lameiro.
INF1 Um lameiro, pois, ou um atoleiro. A gente chama aqui um atoleiro.
INF2 Ou um atoleiro. A gente chama-se aqui um atoleiro, que atola.
INF1 Um atoleiro.
INQ1 Pois. Olhe e nas lagoas e às ve-, há, há um bocado de terra suja e há um bocado de plantas agarradas. Diz-se que é o?… Que às vezes a gente até põe o pé e pode-se afundar.
INF1 Ah, o solveiro. [pausa] O solveiro. A gente chama o solveiro. Que às vezes há lama muito fofa, muito frouxa e a gente chama um solveiro: "Olhe lá, qua- quase que me solve sorve".
INF2 Aqui na Aqui na [vocalização] na Penina, havia ali [pausa] um solveiro ali, muito grande.
INF1 Um solveiro, pois.
INF2 Era uma fonte
INQ2 Pois.
INF2 [vocalização] e via-se a água nascer… A gente jogava uma pedra, [pausa] para o fundo é que ia. Para cima não vinha, porque com a força da água…
INF1 Porque tinha o solveiro.
INF2 Para o fundo é que ia, para ci- para baixo não vinha, para cima não vinha. Sim senhora.
INQ2 Pois.
INF2 Diz que caiu lá – dizem, que eu não não conheci –, caiu lá uma vaca nesse sítio e assim que se afundou e nunca mais a viu.
INF1 São solveiros, são solveiros.