INF [vocalização] Cantava-se muito na no dia de debulhar o trigo. No, a, o, a A comida do dia do de debulhar o trigo era outra vez a galinha, sopa da galinha e, e [vocalização] .
INQ E quando se ceifava não punham um, umas coisas no dedo?
INF Havia quem punha. Praticamente, as pessoas mais, os homens O meu pai usava sempre uma dedeira. [vocalização] Havia quem punha de corti- de coiro, mas o meu pai tinha uma uma dedeira [pausa] dum chifre duma vaca, [vocalização] descolado, pois, sem a parte de dentro, e aquela parte de fora é que ele punha no dedo para para ceifar.
INQ E de cana não faziam?
INF Talvez alguém mas [vocalização] que talvez que fizesse. Mas não é uma coisa então que eu me recorde, que esteja agora em mente.
INQ Rhum-rhum. E aquela porção que eles agarravam de cada vez?…
INF É uma mão de trigo.
INQ Era uma mão de trigo?
INF Era uma mão de trigo.
INQ Depois punham logo no?…
INF Numa paveia. Era uma paveia de trigo. Fazia-se as paveias. [vocalização] Havia pessoa Porque havia pessoas que lhe rendia uns muito mais do que os outros a [vocalização] [pausa] a ceifar. Portanto, eles iam pondo aquilo num carreiro e nós íamos atrás a [vocalização], a [vocalização] a amarrar, a amarrar o trigo. Depois de o trigo estar amarrado, em molhos, carreava-se para o monte, e eram os homens que faziam os relheiros. Mas ainda depois ia-se respigar a terra, [pausa] juntar aquelas espigas, aqueles pés de trigo, que por acaso tivessem ficado espalhados e escangalhados pela terra. E então isso fazia-se já num, num monte e [vocalização] [pausa] numa mão e já não era tão amarrado tão bem arranjado como os molhos de vime. Era mais como num embrulhado.