INQ1 E antigamente quando não havia coalho, que é que se punha no leite para ele co-, coalhar?
INF1 Era o coalho do bezerro.
INQ2 O que era?
INQ1 Como é que é?
INQ2 Assim uma coisa da barriga…
INF1 É o…
INQ2 Estômago.
INF1 É o que está no estômago do bezerro.
INQ1 Rhum-rhum.
INF1 O [vocalização] bezerro quando tinha ali o [vocalização] uns quinze dias, três semanas, matavam-no e tiravam-lhe a… Era o estômago, não era?
INF2 Talvez fosse.
INF1 Era.
INQ2 Como é que se chamava?
INF1 O O estômago do, do do bezerro.
INF2 Salgava-se aquilo.
INF1 Lavavam-no, salgavam-no e deitavam-no dentro duma [vocalização], [pausa] duma duma garrafa com [vocalização] com vinagre.
INF2 E lavava-se ao lume. [pausa] E com pingo do queijo.
INF1 E [vocalização] E o queijo, depois de estar feito, derrama ele aquele [vocalização] sumo que tem. Juntavam isso e caldeavam na [vocalização] na garrafa com com o estômago do bezerro. E E aquela água – iam tirando [vocalização] uma certa porçãozinha – é que coalhava o leite.
INQ1 Rhum-rhum. Olhe, e uma outra que é, é, tem assim um pé e depois tem uma bolinha com picos na ponta? Alcachofra?
INF1 Não há.
INQ1 E o cacto?
INF1 Também não há. Só, do cacto, ele as mulheres é que tinham aqui, aqui por baixo, e em [vocalização] em [vocalização] vasos [vocalização], plantas de de alguns até que têm picos.
INQ1 Rhum-rhum.
INF1 Agora na terra Eram as mulheres é que é que punham isso aqui por baixo em cactos.
INQ2 E cardos, também não há?
INF1 Não há.