CRV76
Vila do Corvo, excerto 76
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INQ Portanto, a candeia como é que era aqui?
INF A candeia era um- umas [vocalização]… Quando eu era criança, havia umas coisinhas [vocalização] assim como a palma da minha mão, coisinhas pequeninas, só com uma boquinha diante, e [vocalização] e eram presas por uma [vocalização] [pausa] um bocadinho de arame atrás. E tinham então: fazia a modo duma espécie dum gancho e esse gancho tinha uns três ou quatro [vocalização] [pausa] orificiozinhos, [pausa] onde a [vocalização] [pausa] onde o arame prendia.
INQ Rhum-rhum.
INF Se queriam que ela [pausa] inclinasse mais para o para o azeite ir para diante, deitavam… Porque o gancho era assim inclinado.
INQ Rhum-rhum.
INF Era na parte de baixo. Se queriam que ela levantasse mais, era um gancho de cima para levantar para cima. E depois já, já já não gostavam dessas, arranjaram uma que era espécie de, de disto que é. Mas ele este é inclinado para cá, aquelas eram direitas. Faziam-lhe ali um pedal assim por baixo, e tinha lá o seu [pausa] a sua torcidazinha. Deixavam lá ele óleo de, de ou de albafar, ou de baleia, ou de dessa coisa. Serviam-se com isso.
INQ Rhum-rhum.
INF E [vocalização] depois vieram então estes candeeiros de petróleo, já pareciam tão tanto bons como a como a electricidade. Estávamos muito contentes com isso e hoje já já não se vê com isso.
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