INF1 Isso aí é o canhoto. Isso chama-se um canhoto. [pausa] O canhoto da urzeira é que dá para fazer o carvão.
INF2 É que É que dá para isso.
INF1 É que arrancava-se o o canhoto da urzeira, por baixo, e deitava-se… Não se tapava com terra.
INF2 Não. Fazia-se uma buraca.
INF1 Fazia-se uma buraca em terra, assim, de arredor. Uma buraca.
INF2 Acendia-se Acendia-se, então, lá com uma com umas…
INF1 Com umas fronças.
INF2 Chamavam-se fronças, assim com um [vocalização] bocadinho de restolho daquele da urze – que se chama agora. Era urzeira. E depois faziam o carvão.
INF1 Depois, ali, metia-se começava-se a a fazer ali uma, um assim uma…
INF2 Chamava-se a buraca.
INF1 Chamava-se a buraca do carvão. E depois botava-se ali muitos muitas [pausa] raízes dos das urzeiras – canhotos, vá lá. E depois, ao fim, começava-se a mexer assim com um gravatinho e fica o carvão.
INQ Mas isso qualquer pessoa fazia ou era só para certas pessoas?
INF1 Nem todas as pessoas faziam.