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CTL37

Castro Laboreiro, excerto 37

LocalidadeCastro Laboreiro (Melgaço, Viana do Castelo)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Albertina

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INF Eu , Até quando éramos pequenos, tínhamos-lhe medo. Dizíamos que era uma candeia, que era uma pessoa na estantiga.

INQ1 Que era uma quê?

INF Uma, uma Que eram as estantigas; era uma pessoa na estantiga.

INQ1 Ah!

INF Falava-se nisso.

INQ2 Uma pessoa?

INQ1 Na estantiga.

INF E E eram o tal bichinho; era o tal bichinho.

INQ1 O que era a estantiga?

INF Pois, dizia-se que Algum tempo, nós falávamos que havia estantigas. Que havia estantigas. Até, até se falava [pausa] Até se falava de que [vocalização], de que [vocalização] que andava de noite uma procissão [pausa] que saía uma procissão e é que eram as almas. Quando morria uma, uma uma pessoa, dizia-se assim: "Ah! Ontem à noite andou a procissão". E havia, os nossos ve- Os nossos velhos, quando nós éramos novinhos, diziam que, de- de facto, que havia aquilo. Mas eu nunca vi. Mas ainda se falava [pausa] nisso.

INQ1 E isso é que era a estantiga, essa procissão?

INF E essa E essa procissão é que é que era eram então as pessoas que andavam na estantiga. Pois, eram os mortos. Que eram os mortos.

INQ1 Claro

INF [pausa] Haver, havia assim essas conversas. [vocalização] Eu nunca vi.


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